ESCOLA JOSINO BRITO GANHA DESTAQUE NA IMPRENSA LOCAL
Idealizado pela professora Elizabeth Ayres o "Projeto Música" em sua 3ª edição teve por tema: "Onde há música não pode haver maldade". O evento contou com a participação de todos os alunos que se empenharam na produção de videos, apresentações de pantomimas e coreografias e teatros. O sucesso do projeto teve destaque na imprensa local, confira nos links abaixo:
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Confira o video de algumas apresentações
A Música no Contexto da Arte e Educação
Ana Maria N. Gorski Damaceno
A Educação conforme a escritora americana Ellen White é o “desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, mentais e espirituais” e a arte contribui muito para esse desenvolvimento integral.
A escritora brasileira Ana Mae Tavares Bastos Barbosa mencionou: “Educação é o caminho que leva alguém a realizar as próprias descobertas e alcançar sua expressão própria”.
Sabemos que os gregos, desde os tempos remotos, tinham como disciplinas primordiais à educação física e a música. A primeira, para desenvolver um bom físico e a segunda para uma mente sadia, “Mente sã em corpo são”.
Todos os pais e educadores devem se convencer de que a música é um inestimável beneficio para a formação, desenvolvimento e equilíbrio da personalidade da criança e adolescente.
Segundo o educador Paulo Dourado: “A música é a mias abstrata das manifestações do homem. Exprime o que de mais profundo há no espírito humano”.
A utilização da música na educação de crianças é um grande estimulo ao desenvolvimento do pensamento criativo, da imaginação e de noção de forma.
Os três elementos fundamentais da música, melodia, harmonia e ritmo, devem ser desenvolvidos cantando, ouvindo e tocando instrumentos até construídos pelos próprios alunos.
O objetivo deve ser o desenvolvimento das faculdades intelectuais e sensoriais e a busca de uma interação enriquecedora entre ambas. Advoga-se a tese de maior intercambio entre arte, ciência e técnica e, de que “toda pessoa é talentosa”, procurando despertar no estudante sua sinceridade de emoção, sua agudeza de observação, sua fantasia e criatividade.
O professor deve estimular os alunos à composição de músicas instrumentais e vocais. Deve permitir em primeiro lugar a exploração livre pelos alunos, depois, à medida que vão realizando as improvisações, professor e aluno selecionam o material, colocam numa ordem, ensaiam bem para que saibam as letras com precisão rítmica e melódica. As músicas podem ser integradas numa peça de teatro, numa coreografia, numa festival ou num recital ou concerto.
Pela lei 5.692/71 o Brasil instituiu duas horas por semana para Arte nas escolas. Para nosso trabalho muitas vezes era pouco tempo e os alunos não se incomodavam em marcar ensaios extras, pois faziam por prazer e com gosto. O que acontece, é que muitas vezes professores pouco motivados, sem formação especializada ou, ainda pior, alguns pouco interessados em aperfeiçoar-se, sem idéias renovadoras, tornam essas aulas maçantes. Isto e mais o consenso antimusical de alguns pedagogos do nosso país “Música não serve para nada”.
Opinião assim e, música, como arte turva, instintiva, impulsiva, sexualizada, pouco compatível com a sublimação cultural e mais a radiocacofonia, cotidiana e permanente, que provocam fenômenos de rejeição acústica, ensinam a desouvir.
Todas estas idéias negativas de música formadas no século XX e a vinda de músicas ruidoras que, cansam e desgastam grandemente o sistema nervoso, deixam as pessoas irritadas e extremamente cansadas.
Por outro lado, as músicas eruditas em geral, têm um efeito terapêutico muito grande, ajudando na cura de várias enfermidades, daí o termo “musicoterapia”.
Infelizmente, alguns ainda advogam que as experiências em arte são luxo dispensável, podendo despertar perigosos impulsos para o efemininamento e a boemia. Até ligam sempre os artistas a pessoas desajustadas e metidas com drogas.
O conceito de ensino da arte como adorno para as moças da classe alta até meados deste século, fixou a idéia que as belas artes e o estudo do piano e canto são só para o sexo feminino, concepção esta inteiramente errada.
Instrumentos e Belas Artes não possuem sexo. São apropriados a todos independentemente de sexo. Tanto que os pianistas, cantores e pintores de maior projeção de todos os séculos são homens. Talvez, devido ao machismo existente em todo o mundo, em todas as épocas...
Portanto as generalizações aos músicos e artistas são simplesmente absurdas! A música no decorrer de nossa vida e, na experiência artística-musical, sempre representou uma forma de libertação emocional, uma grande auxiliadora pedagógica par se aprender as demais matérias. Também para desenvolver: a coordenação motora, leitura dinâmica, criatividade, senso estético, concentração, desinibição, afetividade, auto-afirmação, equilíbrio, confiança, fluência, flexibilidade e originabilidade.
É nosso objetivo reforçar que a música e, as artes em geral, podem contribuir para o equilíbrio emocional, psicológico e social do educando. Igualmente, que o ensino da música na arte educação, por pessoas devidamente especializadas, é de suma importância a fim de proporcionar uma melhor integração do indivíduo na família, escola e sociedade.